As centralidades periféricas como contraponto à “cidade investimento”

Paula Custódio de Oliveira 
paula.oliveira@usp.br 
Arquiteta Urbanista pela Universidade de São Paulo (2012). É pesquisadora do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos – LABHAB FAUUSP. Mestranda FAUUSP

Vivemos um paradoxo que, se de um lado contamos com uma estrutura legal, que contempla conquistas sociais das últimas décadas, da Constituição, ao Estatuto da Cidade e a normativa deles decorrente, como planos urbanos e habitacionais generosos, o que se observa na realidade é a ampliação da mercantilização dos espaços urbanos. Consolida-se uma cidade segmentada e excludente.

Parece-nos que é o momento de voltar a discutir ações concretas do Estado, intervenções de menor porte e distribuídas em rede, que articulem recursos próprios constitucionalmente preconizados como educação e saúde na formatação de Projetos Urbanos de Interesse Social, como contraponto a um contexto que vem tornando a cidade um investimento e ampliando as desigualdades territoriais.

Nessa perspectiva, a política de fomentar a presença do Estado como marco visível na criação de centralidades e polos estruturadores desse tecido desarticulado periférico é um resgate que deve ser feito, destacando-se aqui a implantação dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), como forte elemento de reflexão.

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