As grandes incorporadoras, o segmento econômico e a desconstrução da promoção pública habitacional

Isadora Fernandes Borges de Oliveira
LabHab FAUUSP -isadoraborges@usp.br

Beatriz Rufino
LabHab FAUUSP – biarufino@gmail.com

Texto enviado para a revista Cad. Metrop., São Paulo, v. 24, n. 53, p. 93-118, jan/abr. 2022.

Este artigo discute como o avanço das relações capitalistas na produção imobiliária através da consolidação econômica e política de grandes incorporadoras tem interferido na condução de políticas públicas. Partindo da noção de formas de produção (Jaramillo, 1982), sustentamos que as grandes incorporadoras, ao articularem a sofisticação dos mecanismos de produção imediata (controle econômico direto) com o crescente poder enquanto grupo de interesse na definição das políticas de financiamento e urbana (controle econômico indireto), têm consagrado o segmento econômico como principal produto da política habitacional. Esse movimento, ao ampliar a mercantilização da cidade e o controle da política pública por poderosos agentes privados, tem inviabilizado a estratégia de desmercantilização da moradia por meio da ação direta do Estado na produção habitacional.

 

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