Pedro V. Carvalho
Universidade de São Paulo (FAU-USP). Pesquisador do LabHab e INCT Produção da Casa e da Cidade.
Karina Oliveira Leitão
Universidade de São Paulo (FAU-USP). Pesquisadora do LabHab e INCT Produção da Casa e da Cidade.
Caio Santo Amore
Universidade de São Paulo (FAU-USP). Pesquisador do LabHab e INCT Produção da Casa e da Cidade.
Texto enviado para a REVISTA THÉSIS, Rio de Janeiro, v. 9, n. 19, e 540, abr. 2025.
Os conjuntos habitacionais têm sido recorrentemente adotados como forma de responder a uma ampla gama de necessidades habitacionais nas cidades latino-americanas. O procedimento de colecionar e analisar as imagens mobilizadas objetiva, então, des-velar um processo de mitificação desses conjuntos como formas totais, fantasiosamente capazes de atender às demandas habi-tacionais com estabilidade. O mito não se sustenta nem em sua origem, nos países centrais do capitalismo, nem em sua periferia, onde são produzidos com parâmetros rebaixados. A profusão de camadas autoconstruídas — os puxadinhos — que tendem a ser produzidas nesses complexos seria um sinal dessa insuficiência? Quando a favelização os expande, transformando a arquitetura desses conjuntos, estaríamos assistindo a uma espécie de genera-lização da autoconstrução, decorrente de um processo adaptativo diante de tantos anseios relacionados ao habitar? Uma expres-siva quantidade de ampliações autoconstruídas, observadas na produção pública de conjuntos habitacionais — abordada neste artigo por meio de um mosaico de casos urbanos em cidades la-tino-americanas —, busca indagar sobre o papel exercido pela autoconstrução na atualização da forma e da vida nos referidos conjuntos.
Palavras-chave: conjunto habitacional; autoconstrução; quali-dade da habitação; puxadinho; América Latina; habitação popular
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