João Sette Whitaker Ferreira
Arquiteto/urbanista e economista, mestre em Ciência Política e Professor Doutor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. É coordenador do projeto Plano de Ação/Bairro Legal no LabHab – Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos da FAUUSP. É membro do Conselho Municipal de Política Urbana da Cidade de São Paulo, como representante das universidades
A definitiva ascensão do Partido dos Trabalhadores (e de outros partidos de esquerda) ao Poder Executivo, fenômeno que já vem ocorrendo há alguns anos em muitos municípios, e que se completou em 2003 com a vitória de Lula nas eleições presidenciais, trouxe à tona a esperança de que as nossas metrópoles iriam, enfim, beneficiar-se de gestões democráticas e efetivamente participativas, capazes de corrigir os dramáticos níveis de desigualdade, exclusão e segregação espacial que as caracterizam.
Entretanto, mais de uma década depois das primeiras vitórias em Porto Alegre, Fortaleza e São Paulo, é triste constatar que se por um lado houve com certeza muitos progressos, especialmente nos municípios que como Porto Alegre mantiveram uma gestão continuada, por outro lado os níveis de pobreza e de exclusão sócio-espacial, que se revertem em um cenário cada vez mais visível de fratura social e de violência urbana, ainda são lamentavelmente altos e incompatíveis com uma economia do porte da brasileira.
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