The Future of Global Peripheral Cities

Erminia Maricato
Arquiteta, fundadora do LABHAB, ex-secretária do Ministério das cidades e da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Município de SP. LabHab FAUUSP – erminia@usp.br

Texto publicado na revista LATIN AMERICAN PERSPECTIVES, ed. 213, v. 44 n. 2, março 2017, 18–37.

Em junho de 2013 um grupo de jovens criou uma onda de protestos jamais vistos nas cidades brasileiras. Não obstante a multiplicidade de explicações para esses protestos, algo ficou claro: a questão urbana era o elemento central desses eventos. O Brasil tornou-se modelo internacional para inovações em política social e urbana. Havia uma luta social por centros urbanos democráticos. Novas políticas, novos programas, novos projetos e um Ministério das Cidades foram criados. Esse processo democrático e participatório ocorreu num contexto de ajuste fiscal e consequentemente de contenção de despesas. Quando o governo federal retomou os investimentos em cidades após um projeto desenvolvimentista, o capital atrelado à produção de espaço tomou as rédeas do processo de urbanização e o ciclo virtuoso da política urbana foi interrompido. Investimentos em projetos direcionados pelo mercado imobiliário no contexto de megaeventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, bem como incentivos fiscais para a compra de automóveis, aumentaram a deterioração da qualidade de vida urbana, especialmente no que diz respeito à moradia e à mobilidade.

 

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